top of page
Buscar

Dengue e Covid-19: entenda como essas doenças podem afetar a saúde do seu cabelo

  • paulaluzstocco
  • 20 de mar. de 2024
  • 6 min de leitura

mulher observando no espelho alterações no seu cabelo

Você já reparou que o seu cabelo está caindo mais do que o normal? Ou talvez pareça mais fraco e quebradiço? Esses podem ser sinais de estresse físico e emocional - e, nos tempos atuais, como não mencionar a Dengue e a Covid-19 como possíveis causadores?


Independente se você experimentou ou não algum destes sintomas, é vital saber: estas doenças podem estar diretamente relacionadas à saúde do seu cabelo. Neste artigo, vamos te guiar em uma jornada de entendimento sobre o impacto dessas doenças no seu bem-estar capilar, abordando desde a fisiopatologia até estratégias de recuperação e cuidados adicionais. Preparado? Vamos nesta! Dengue e Covid-19: entenda como essas doenças podem afetar a saúde do seu cabelo.


A batalha invisível: dengue e covid-19 no seu organismo


A Dengue e a Covid-19 são duas doenças com potencial para se tornarem graves que vêm assolando a população global com seu impacto devastador e a batalha que elas travam no organismo humano é perceptivelmente invisível.


A Dengue, causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, se manifesta com sintomas como febre alta, dor de cabeça, dores pelo corpo e articulações, fraqueza, manchas vermelhas na pele, entre outros. Em casos mais graves pode progredir para a dengue hemorrágica, que pode causar falência dos órgãos e sangramentos, e nesse caso, pode levar à morte.


Por outro lado, temos a Covid-19, doença causada pelo coronavírus, cujo espectro de apresentação varia desde infecções assintomáticas até quadros de insuficiência respiratória aguda. A doença pode se manifestar inicialmente como uma síndrome gripal, progredindo em muitos casos para pneumonia severa, insuficiência respiratória aguda, insuficiência renal e de outros órgãos, sepse e choque séptico, além das complicações tromboembólicas associadas.


Há várias diferenças entre a Dengue e a Covid-19, como, por exemplo, a forma de transmissão. Enquanto a Dengue é transmitida pela picada do mosquito, a Covid-19 é transmitida principalmente pelo contato com gotículas contendo o vírus, ou seja, é uma doença respiratória.


No que diz respeito à batalha invisível que essas doenças travam dentro do nosso organismo, é essencial destacar que ambas têm o potencial não somente de provocar uma disfunção imunológica, mas também um estado inflamatório persistente que pode sobrecarregar o sistema circulatório e levar a complicações graves e fatais.


O sistema imunológico, quando atacado por estes invasores, mobiliza uma série de mecanismos de defesa, como a produção de anticorpos e a ativação de células de defesa para neutralizar o vírus e conter a infecção. Porém, na Dengue e na Covid-19 esse sistema pode ser super estimulado, gerando a chamada tempestade de citocinas, que é uma resposta imune excessiva que acaba danificando os tecidos do próprio organismo, contribuindo para o desenvolvimento das formas graves da doença.


Por fim, é importante salientar que a prevenção contra a Dengue e Covid-19 se faz crucial. Enquanto contra a dengue deve-se evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, eliminando criadouros com água parada, a prevenção da Covid-19 inclui, em alguns casos, o uso de máscaras, higienização regular das mãos e o distanciamento social.


Em ambos os casos, a vacinação se apresenta como uma arma eficaz na luta contra essas doenças, destacando-se assim a importância da conscientização da população quanto à participação nos programas de vacinação.


Números da dengue no Brasil e no Distrito Federal


A Dengue, uma doença viral transmitida por mosquitos infectados, já causou mais de 1.126 mil mortes no Brasil, segundo dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. 


A doença pode ter diversos efeitos colaterais no organismo, e a queda de cabelo é um deles. Embora não seja um sintoma comum a todos os casos, algumas pessoas experimentam a perda de cabelo como parte do processo de recuperação.


No Distrito Federal, já foram registrados 120.625 casos, de acordo com boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Nesse contexto, preocupações adicionais além dos sintomas habituais da doença chamam a atenção dos profissionais de saúde. 


A dermatologista Paula Luz ressalta que a queda de cabelo associada à Dengue geralmente ocorre algumas semanas após a infecção aguda e pode ser atribuída a vários fatores, incluindo a resposta imunológica do corpo à doença, o estresse físico e emocional durante a infecção e o uso de medicamentos, como analgésicos e antitérmicos, frequentemente administrados para aliviar os sintomas da dengue.


"É preciso entender que a dengue, assim como a Chicungunya, Zika e a Covid, é causada por um vírus. Quando o corpo é acometido por essa doença, automaticamente o organismo se prepara para defender órgãos vitais de sobrevivência, como coração, rins, cérebro, pulmão e fígado. Dessa forma, cabelo, pele e unhas passam a não ser priorizados", conta.



O cabelo é alimentado por nutrientes do corpo e seu estado muitas vezes pode indicar a saúde geral de uma pessoa. Cabelos secos, sem brilho ou queda excessiva podem indicar problemas de saúde, como deficiências nutricionais, estresse, problemas de tireóide, anemia, entre outros. 


Além disso, mudanças na textura ou cor também podem indicar problemas de saúde. Portanto, o cabelo pode funcionar como um 'termômetro' do nosso estado de saúde interna.


Como ocorre o processo


A queda de cabelo associada à dengue pode ser entendida como uma resposta multifacetada do organismo a essa infecção viral. Durante o curso da doença, o corpo enfrenta uma batalha interna para combater o vírus. 


Além disso, o estresse físico e emocional causado pelos sintomas agudos da Dengue também podem desempenhar um papel significativo no enfraquecimento dos folículos capilares. Alguns medicamentos utilizados no tratamento da doença podem ter efeitos colaterais que afetam o ciclo de crescimento do cabelo, contribuindo para a queda temporária dos fios.


“Vale ressaltar que a queda de cabelo após a Dengue geralmente é temporária e reversível. À medida que o corpo se recupera da infecção, o crescimento do cabelo normalmente se normaliza e os folículos pilosos se recuperam. No entanto, em alguns casos raros, a queda de cabelo pode persistir por mais tempo e exigir intervenção médica para tratamento”, explica a especialista.


Se você notar uma queda excessiva de cabelo após ter tido Dengue, é aconselhável consultar um médico ou dermatologista para avaliação e orientação adequada. Enquanto isso, manter uma dieta saudável, reduzir o estresse e usar produtos suaves para cabelos podem ajudar a promover a saúde capilar durante a recuperação.


“Vale lembrar que, mesmo não sendo frequentes, outros problemas dermatológicos, como unhas frágeis, ressecadas, coceira e descamação na pele, também podem aparecer após o paciente ter a doença”, conta.


Covid-19 e a queda de cabelo


Além da alta nos casos de Dengue no país, os casos de Covid-19 também têm apresentado um aumento significativo. Desde o início da pandemia, em março de 2020, o DF já confirmou 929.606 casos de Covid-19. Desses, 11.959 pessoas morreram em decorrência do novo coronavírus.


Com isso, Paula Luz explica que a relação entre a Covid-19 e a queda de cabelo tem sido um tema de interesse crescente entre médicos e pesquisadores desde o início da pandemia.


“Embora a queda de cabelo não seja um sintoma comum da infecção aguda pelo vírus coronavírus, tem sido observada em alguns pacientes durante ou após a recuperação da doença. Assim como no quadro da Dengue, vários fatores podem contribuir para a queda de cabelo em pessoas que tiveram Covid-19. Um dos principais é o estresse fisiológico e emocional causado pela infecção aguda, que pode desencadear um processo chamado eflúvio telógeno agudo. Nesse processo, um grande número de folículos capilares entra prematuramente na fase de repouso do ciclo capilar, resultando em uma queda de cabelo difusa e temporária, geralmente cerca de dois a três meses após o evento estressante”, conta.


Além do estresse, a médica explica que outros fatores associados à Covid-19, como a inflamação sistêmica, a febre alta, a deficiência nutricional devido à perda de apetite e as mudanças nos níveis hormonais, também podem contribuir para a queda de cabelo. O uso de certos medicamentos durante o tratamento, como corticosteróides, também pode estar relacionado à perda de cabelo.


Cuidando dos seus cabelos durante e após doenças virais


De acordo com a dermatologista Paula Luz, o tratamento para as duas situações virais pode ser à base de loções que ajudam a acelerar o processo de crescimento do cabelo e diminuir a queda dos fios, ou mesmo com suplementações personalizadas, laser e microagulhamento. Fora isso, o acompanhamento com o profissional é de extrema importância tanto para o diagnóstico como para o acompanhamento no pós.


“Na maioria dos casos, os folículos capilares se recuperam e o crescimento do cabelo retorna ao normal após alguns meses. No entanto, em alguns casos mais raros, a queda de cabelo pode persistir por mais tempo, exigindo acompanhamento médico e tratamento específico”, finaliza.


Em suma, a luta contra a Dengue e a Covid-19 vai além dos sintomas iniciais, podendo afetar até mesmo a saúde dos nossos cabelos. Se você passou por essa experiência e notou alguma alteração, é fundamental buscar auxílio profissional. 


Lembre-se, estou aqui para te apoiar nessa jornada. Que tal compartilhar essa informação com aqueles que possam estar passando por situações semelhantes? Juntos, podemos ressaltar a importância da saúde capilar e da recuperação completa. 


E não se esqueça: olhar para o nosso corpo de maneira holística é a chave para uma vida saudável.


Comentários


Contato

Centro Médico Lucio Costa: SGAS 610/611, Bloco 1, Salas 117/118, Av. L2 Sul, Asa Sul, Brasília/DF

Email: clinicaluzbsb@gmail.com

Tel: (61) 99826-0124 | (61) 3526-6867

  • Whatsapp
  • Instagram
ICONE LOGO BRANCA.png

Email enviado!

Clínica Luz - Responsável Técnica: Dra. Paula Luz Stocco - CRM-DF: 19028

bottom of page